domingo, junho 1

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PERSONALIDADES PÃO-DE-AÇUCRENSES - DR. PAES BARRETO

 

Por Etevaldo Amorim


O Dr. Paes Barreto

 

JOÃO FRANCISCO DE NOVAES PAES BARRETO nasceu em Pão de Açúcar no dia 26 de outubro de 1873, conforme consta do Livro de Batismo da Paróquia do Sagrado Coração de Jesus:


“Aos dezenove de novembro de mil, oitocentos e setenta e três, nesta Matriz do Pão d’Assucar, solenemente baptizei o poverelo JOÃO, com vinte e cinco dias de nascido, filho legítimo do Doutor João Francisco Paes Barreto e de Dona Josephina de Novaes Paes Barreto.


Foram padrinhos o Doutor Manoel Leite de Novaes Mello, por seu procurador Miguel de Novaes Mello[i] e Dona Luiza Hasselmann Campos, por sua procuradora Dona Cândida Delfina do Coração de Jesus[ii].


E para constar, mandei lavrar este assento, que assino: Vigário Antônio José Soares de Mendonça.”

 

Seu pai, o Dr. João Francisco Paes Barreto, natural de Pernambuco (filho de Francisco de Paula Paes Barreto – Barão do Recife - e Cândida Francisca Botelho Sampaio), era Juiz de Direito. Veio residir na recém-emancipada Vila de Pão de Açúcar quando da criação da Comarca de Paulo Afonso (Mata Grande), pela mesma Lei nº 233, de 3 de março de 1854. Faleceu em Propriá, Estado de Sergipe em 25 de maio de 1873, antes de ele nascer. Sua mãe faleceu em 29 de abril de 1878, em Pão de Açúcar.


Ficando órfão, foi criado pelos avós maternos João Machado de Novaes Mello e Maria José Leite de Novaes Mello.[iii]


Casou-se em primeiras núpcias com Maria Augusta Alves Pequeno, filha de Augusto Pinto Alves Pequeno e Augusta da Silva Canedo. Com ela teve os filhos: Maria Antonieta, Átila, Celina, João, Aída, Nelson, Maria Augusta, Luiz Augusto, José e Arlete.

Maria Augusta Alves Pequeno



Tendo ficado viúvo em 18 de maio de 1919, casa-se com Zara Matheus, nascida em Carangola-MG em 20 de dezembro de 1904 e falecida em 1º de abril de 1996, filha de Augusto Matheus e Íria Matheus. Teve com ela os filhos Marília, Maria Ignes e Francisco.


Formado em Direito pela Faculdade do Rio de Janeiro, em 1913, foi Promotor de Justiça em Cachoeira do Itapemirim-ES e Penedo-AL.


Ligado por parentesco à família de Afonso Pena, é nomeado, em 1895, juiz de direito da comarca de Muriaé (MG). Em 1898, abandona a magistratura e passa a advogar naquela cidade, sendo, nesse mesmo ano, eleito vereador. Assume, ainda, a direção de Radical, jornal editado naquela cidade mineira. Em 1903, foi nomeado juiz de direito de Cuiabá (MT) e, logo depois, Secretário do Governo daquele Estado, na gestão de Antonio Paes de Barros. Em 1905, assume a direção do jornal O Estado, ocupando-a até 1906, quando é eleito deputado federal pelo Mato Grosso, para a legislatura 1906/1908.   Reelege-se em 1909, agora por Alagoas[iv], permanecendo na Câmara Federal até 1911.[v]


Produziu e publicou os seguintes trabalhos: Estrada de Ferro de Cuiabá ao Madeira, Estrada de Rodagem de Mato Grosso ao Pará e ainda O curso do Paranatinga e A Formação do Xingu, opúsculos esses infelizmente bastante desconhecidos por nossos historiadores. Nos anos 50 produziu o trabalho As Revoluções de Mato Grosso e Suas Causas.[vi]


O Dr. Paes Barreto faleceu em Belo Horizonte em 20 de agosto de 1955.


Para homenageá-lo, foi dado o seu nome à rua da Aurora, em Pão de Açúcar; depois denominada Prof. Antônio de Freitas Machado, a partir de 1971.


Pão de Açúcar, AL, 1929. Da esquerda para a direita: Juca Feitosa, Manoel Rego, Vieira Damasceno, Luiz Menezes da Silva Tavares, o homenageado Dr. Paes Barreto, Padre Pinto, João Domingos, Álvaro Machado, Ermínio Veríssimo e Manoel Santana. Na sacada do sobrado está D. Maria Cândida, neta do Major João Machado, barão de Piaçabuçu.


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NOTA:

Caro leitor,

Deste Blog, que tem como tema “HISTÓRIA E LITERATURA”, constam artigos repletos de informações históricas relevantes. Essas postagens são o resultado de muita pesquisa, em geral com farta documentação e dotadas da competente referência bibliográfica. Por esta razão, solicitamos que, caso sejam do seu interesse para utilização em qualquer trabalho, que delas faça uso tirando o maior proveito possível, mas fazendo também o necessário registro de autoria e a citação das referências. Isso é correto e justo. Tratamento de imagem: Vívia Amorim.



[i] Ambos seus tios por parte de mãe.

[ii] Dona Luiza Hasselmann Campos era esposa do Sr. Luiz Caetano da Silva Campos, gerente da Companhia Baiana de Navegação em Penedo. Sua procuradora, a Srª Cândida Delfina do Coração de Jesus foi a segunda esposa do Tenente-Coronel José Gonçalves de Andrade.

[iii] PAES BARRETO, Francisco. Postagem no Grupo BARÃO DE PIAÇABUÇU, no Facebook.

[iv] Deputados Federais por Alagoas naquela Legislatura: João Francisco de Novaes Paes Barreto, Eusébio Francisco de Andrade, Natalício Camboim de Vasconcelos, Epaminondas Hyppólito Gracindo, Manoel Sampaio Marques e Raimundo Pontes de Miranda.

[v] BARROS, Francisco Reynaldo Amorim de . ABC DAS ALAGOAS.

[vi] FANAIA, João Edson de Arruda. “PROGRESSO E ORDEM” NA FRONTEIRA OESTE. XXIX Smpósio Nacional de História.

quarta-feira, maio 28

ESBOÇO HISTÓRICO DA COMARCA DE PÃO DE AÇÚCAR - PARTE 2

 

Por Etevaldo Amorim

 

Criada a Comarca, seguiram-se as providências para o seu funcionamento. Assim, pelo Decreto Imperial nº 5.319, de 20 de setembro de 1876, a Comarca de Pão de Açúcar foi declarada “DE PRIMEIRA ENTRÂNCIA”. Eis o seu inteiro teor:

 

DECRETO Nº 5.329, DE 20 DE SETEMBRO DE 1876.

A Princesa Imperial Regente, em nome de Sua Majestade o Imperador, o Sr. D. Pedro II, há por bem decretar o seguinte:

Artigo Único. É declarada de 1ª Entrância a comarca de Pão de Açúcar, criada na Província das Alagoas, pela Lei da respectiva Assembleia  nº 737, de 7 de julho do corrente ano.

Diogo Velho Cavalcanti de Albuquerque, do Conselho do mesmo Augusto Senhor, Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Justiça, assim o tenho entendido e o faça executar.

Palácio do Rio de Janeiro, em 20 de setembro e 1876, 55º da Independência e do Império – PRINCESA IMPERIAL REGENTE – Diogo Velho Cavalcanti de Albuquerque.[i]

 

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Em 27 de setembro de 1876, o Dr. Alfredo Montezuma retorna à Pão de Açúcar, desta vez como Juiz de Direito, removido da Comarca de Borborema, PB,[ii] permanecendo até 20 de junho de 1881, quando faleceu.[iii]

 

O Dr. Montezuma teve uma passagem extremamente produtiva pela nossa Região. Além de exercer os misteres da sua função, esteve à frente da Comissão de Socorros Públicos em favor das vítimas da Seca (de 1877), tendo conseguido, junto ao Governo, recursos para abrir frentes de trabalho, ocorrendo-lhe empregá-los na construção do prédio da Cadeia Pública (hoje transformado em Museu).

 

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Dr. Levino Chacon_foto Alberto Lucarelli_Fon Fon_Ano XII-Nº 12, 23.03.1918.


A essa época, era Promotor de Justiça o DR LEVINO AUGUSTO DE HOLLANDA CHACON.

Pernambucano, formado pela Faculdade do Recife em 1874,[iv] foi nomeado em 23/12/1876,[v] em face da recusa do Bel. Alexandre Rodrigues dos Anjos Filho.[vi]

 

Em 1869, já exercia o cargo de Praticante da Secretaria de Governo da Província de Pernambuco.[vii] Em 1874, ocupava o cargo de Segundo Oficial da Secretaria da Presidência da Província de Pernambuco, quando foi nomeado para Segundo Escriturário da Tesouraria Provincial.[viii] A 13 de setembro de 1876, faz publicar no Jornal do Recife, uma notinha de despedida, dizendo estar indo para a Província das Alagoas. Em 1877, foi exonerado por ter aceito o cargo de Juiz Municipal e de Órfãos da comarca de Areias, PB. A 26 de julho de 1877, foi nomeado Juiz Municipal da comarca de Araxá, Minas Gerais.[ix]

 

No Espírito Santo, ingressou na magistratura em 19 de fevereiro de 1907, como Juiz de Direito de Alegre. Ali foi também Delegado Geral da Instrução Pública.[x] Depois, mudou-se para Santa Leopoldina. Em 1916, assumiu o posto de chefe de polícia e transferiu-se para Vitória, ficando em disponibilidade. Nesse mesmo ano, participou da fundação do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo.

 

Um ano depois foi nomeado diretor de Segurança Pública. Levino Augusto, em 1918, tomou posse como procurador-geral do Estado, ficando no cargo até 1919. A partir de 4 de dezembro deste mesmo ano, voltou a ocupar o cargo de diretor de Segurança Pública. No dia 11 de novembro de 1920, foi promovido a desembargador do Tribunal de Justiça do Espírito Santo. Nessa época, também assumiu a função de procurador-geral. Em 1923, mais uma vez ele chegou a ocupar o cargo maior do Ministério Público, durante o impedimento de Josias Soares. Desempenhou as funções de desembargador até 13 de agosto de 1926, quando requereu a aposentadoria.

 

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Filho de Francellino Augusto de Hollanda Chacon e de Hermilla Auxência de Hollanda Chacon, nasceu a 12 de novembro de 1850.

Em 1878, casa-se com a Srtª Rita Cyrio[xi], que faleceu em 3 de setembro de 1891, em Jundiaí-SP, onde o Dr. Chacon atuava. Com ela, teve a filha Dinorah Cyrio Chacon de Freitas (nascida em Queluz, a 24 de outubro de 1883). Nessa cidade, redigia o jornal O Autonomista, que defendia os interesses de Pinheiros e Queluz.

A 30 de janeiro de 1904, casa-se, no Rio de Janeiro, com Eugênia Goulart (falecida em 1935), filha de Antônio da Silveira Goulart e de Thomásia Cândida Goulart, e viúva de Francisco Luiz de Hollanda Chacon.

 

Faleceu aos 81 anos, no dia 7 de maio de 1932, na cidade do Rio de Janeiro, aos 81 anos.[xii]


Grupo do "Comitê Local" no Estado do Espírito Santo, no XX Congresso Internacional de Americanistas, organizado pelo Dr. Simoens da Silva. 
Da direita para a esquerda: Drs. Jonas Montenegro, Manoel Xavier, Antônio Athayde, Levino Chacon, Antônio Pimentel, Henrique O'Reilly, todos membros do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo. Foto: Alberto Lucarelli, revista Fon Fon, Ano XII, nº 12, 23.03.1918.


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O Dr. Jovino Antero de Cerqueira Maia. Foto: Fundação Joaquim Nabuco.


Nessa quadra, compondo o quadro da magistratura, servia como JUIZ MUNICIPAL E DE ÓRGÃOS o DR JOVINO ANTERO DE CERQUEIRA MAIA. – 1876, 1879.

 

Em 1869 ingressou na Faculdade de Direito do Recife, formando-se em 1873.

Em abril de 1874,era Promotor da Comarca de Camaragibe. Em 26 de julho de 1875, era Promotor Público em Porto Real do Colégio, AL. (A Nação, RJ, 18/08/1875).

Em 13 de setembro de 1876, foi nomeado Juiz Municipal e de Órfãos do Termo de Pão de açúcar, onde ficou até 5 de fevereiro de 1881, até ser exonerado, a pedido. Gazeta de Notícias, RJ, 07/02/1881. Foi nomeado em seu lugar o Bel. Luiz Gonzaga de Almeida Araújo.

Em 1880, era Juiz Municipal e de Órfãos da comarca de Pão de Açúcar. Gazeta de Notícias, RJ, 21/09/1880.

Em fevereiro ou março de 1884, deixou de ser chefe de polícia da província do Piauí para ser Juiz de Direito da comarca de Parnaguá na mesma Província. Gazeta da Tarde, RJ, 05/03/1884.

Em 1889, foi condecorado como Oficial da Ordem da Rosa. Diário de Notícias, RJ, 03/10/1889.

Em 1891, era chefe de polícia do estado do Amazonas. Diário de Notícias, RJ, 05/05/1891.

 

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Filho de Manoel Joaquim Maia e Praxedes Maria da Conceição, nasceu no Pilar, Província das Alagoas. Foi casado com Maria Genuína Guimarães Maia, falecida em 12 de setembro de 1929.

Faleceu em Manaus, a 09/04/1936 . 9 de abril de 1938.

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Eis um edital por ele publicado:

 

“EDITAL

O Dr. Jovino Antero de Cerqueira Maia, Juiz Municipal e de Órfãos desta cidade de Pão de Açúcar.

 

Faço saber aos que o presente edital de trinta dias virem, ou dele notícia tiverem que, a requerimento de Libório José de Araújo Cabral , e em vista do parecer do Dr. Curador Geral ad hoc, tem de serem vendidas a quem mais der, na audiência deste Juízo que terá lugar depois de expirar o prazo acima assinado, em casa da Câmara Municipal, as quatro partes da escrava Jacintha, parda, com vinte anos, mais ou menos de idade, solteira, filiação desconhecida, capaz de qualquer trabalho, ocupada em serviço doméstico, matriculada nesta Cidade em 24 de maio de 1872. Sob números na matrícula geral do município de 134 e na relação apresentada de 1, cujas partes de referida escrava tocaram aos órfãos Arestides, José, Minervino e Selvino, filhos do finado Josué Rodrigues de Mello, no valor de 50$rs cada uma, devendo os pretendentes apresentarem suas propostas em carta fechada a este Juízo. E para que chegue a notícia de todos mandei passar o presente que depois de lido será afixado no lugar de costume e publicado pela imprensa.

Dado e passado nesta Cidade de Pão de Açúcar, em 20 de novembro de 1877. Eu, João Pinto de Oliveira Costa, escrivão de órfãos o escrevi.

Jovino Antero de Cerqueira Maia.

Está conforme. O Escrivão João Pinto de Oliveira Costa.”

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Transcrito do jornal O PÃO D’ASSUCAR, de propriedade de José Venustiniano Cavalcante, Pão de Açúcar, 9 de dezembro de 1877.


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O Dr. Chacon foi sucedido, na Promotoria, pelo Bel. José Ignácio Gomes Ferreira de Menezes.

 

BEL JOSÉ IGNÁCIO GOMES FERREIRA DE MENEZES.

 

Nomeado pelo Presidente da Província, Dr. Thomáz do Bomfim Espíndola, por Ato de 20 de setembro de 1877,[xiii] chegou a Pão de Açúcar no dia 1º de outubro daquele ano, depois de exercer a função de advogado nas comarcas de Ilha do Ouro, Província de Sergipe.[xiv]

 

Em 1878, por Ato do Presidente da Província, Dr. Francisco Soares Brandão, foi permutado com o Promotor da comarca de Paulo Afonso (atual Mata Grande), Dr. João Gualberto Gomes de Sá.[xv]

 

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Em 10 de dezembro de 1863, formou-se pela Faculdade de Direito de São Paulo. Nesse mesmo ano publicou, no Rio de Janeiro, o livro de poemas Flores sem Cheiro. Foi Juiz Municipal e de Órfãos do Termo de Capela, Sergipe, nomeado em 1866.[xvi]

 

Em 15 de junho de 1885, chegou a Maceió, procedente de Traipu, onde era Promotor desde 1882.

 

Sendo alvo de um processo movido pelo Juiz de Direito daquela Comarca, Dr. Antônio Euclides da Silveira, foi exonerado. O Juiz de Direito nomeou para atuar como Promotor, interinamente, o Dr. Miguel de Novaes Mello.[xvii] Sobre isso, temos uma nota publicada no Gutenberg, em 27 de maio de 1886:

 

CONTOS DE JOB. Informamos que, sob esse título, acha-se imprimindo na tipografia Amintas um volume de poesias do Dr. Ferreira de Menezes, ex-promotor da comarca de Traipu, há um ano avulso e desempregado, porque foi de todas a maior vítima dos despotismos, injustiças e violências do ex-juiz de direito da mesma Comarca, bacharel Antônio Euclides da Silveira.

...

As más circunstâncias de sua vida, onerado de numerosa família, é o motivo mais poderoso desta publicação, o que não faria sem esse forte aguilhão da pobreza que o fere a a seus quatro filhos.”

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Nasceu no Rio de Janeiro em 1848. Filho de João Martins da Silva e de Alexandrina Menezes Gomes Ferreira. Casado com Hermelinda das Dores Martins de Menezes, teve uma filha chamada Virgínia Augusta Martins de Menezes; um filho: Dr. João Baptista Martins de Menezes (nascido em 1860), ministro do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, falecido em 1936; e outro chamado José Gomes Ferreira de Menezes, nascido12 de fevereiro de 1866, em São Paulo.

 

O Dr. Ferreira de Menezes e sua senhora. Foto: Museu Paulista da USP.

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Seguiram-se os magistrados:

 

ANTÔNIO OLIVEIRA CARDOSO GUIMARÃES – JUIZ DE DIREITO - 1875 a 1876.

Em 1875, era Juiz de Direito de Pão de Açúcar. Em 1877, foi para a de Sant’Ana da Ribeira do Panema (Santana do Ipanema)

 

Em 1877, foi para a de Sant’Ana da Ribeira do Panema (Santana do Ipanema), quando foi designado chefe de polícia da Província do Piaui,[xviii] prestando juramento no dia 15 de fevereiro de 1878.[xix]

 

Por Decreto de 10 de junho de 1881, foi nomeado Juiz de Direito na Comarca de Bagé-2ª Entrância, RS.[xx] Em 1881, no dia 7 de maio, foi nomeado Chefe de Polícia da Província do Rio Grande do Norte[xxi], tendo tomado posse no dia 8, ele que era irmão do Dr. Francisco José Cardoso Guimarães, Juiz de Direito da comarca de Assu. Foi dispensado em 18 de outubro do mesmo ano. Gazeta da Tarde, RJ, 19/10/1882.[xxii] Em 24 de fevereiro de 1883, foi designado Juiz para a Comarca de Alagoinhas, Bahia. [xxiii] Em 28 de março de 1885, foi nomeado Chefe de Polícia da Província da Bahia[xxiv], onde permaneceu até 3 de outubro do mesmo ano.[xxv] No dia 5 de junho de 1888, a bordo do vapor Alagoas, chega a Belém para assumir o cargo de Chefe de Polícia da Província do Pará, [xxvi] donde foi exonerado em maio de 1889[xxvii]Ainda em 1889, foi designado para a Comarca de Maragogipe, Bahia.[xxviii] Em 1888, era Juiz em Itambé, PE.[xxix]

Em março de 1891, foi nomeado Desembargador na Relação de Fortaleza.[xxx]

                                                                                   

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Natural da Bahia, filho de Francisco José Cardoso Guimarães, era formado pela Faculdade de Direito do Recife. Já tendo sido Juiz Municipal e de Órfãos dos Termos Reunidos de Pombal e Tucano, na província da Bahia[xxxi] e no Termo de Abadia, também na Bahia[xxxii], estava como Juiz de Direito a Comarca de Paulo Affonso (atual Mata Grande)[xxxiii], em Alagoas, quando foi designado para igual cargo em 1975, na Comarca de Pão de Açúcar.[xxxiv] Era casado com Adelaide Olindina de Amorim, com quem teve a filha Euthália, nascida em 1873, em Salvador.

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Em substituição ao Dr. Cardoso Guimarães, foi nomeado o DR. DOMINGOS JOSÉ ALVES DA SILVA  – 1875, 1881, 1882, 1883 (seria Domingos José Alves da Silva Junior, filho de outro)

 

Em 16 de julho de 1881 assumiu a Comarca de Pão de Açúcar, AL, procedente da Comarca de Cimbres, Pernambuco. Gazeta de Notícias, RJ, 18/07/1881[xxxv] Antes, em 1863, foi Juiz Municipal e de Órfãos dos Termos Reunidos de Flores e Vila Bela, Pernambuco. Constitucional, RJ, 19/03/1863.[xxxvi] Em 28 de abril de 1865, foi nomeado Juiz de Direito da comarca de Rosário do Catete, SE. Correio Mercantil, RJ, 04/05/1865.[xxxvii] Em 19 de outubro de 1870, foi nomeado Juiz Municipal de de Órfãos da comarca de Santo Antônio de Sá, RJ. A Reforma, RJ, 27/10/1870.[xxxviii] Donde foi removido, a pedido, para a Comarca de Maceió. Diário do Rio de Janeiro, RJ, 11/04/1871.[xxxix] Partiu, então, do Rio de Janeiro, com sua senhora, no Paquete nacional Cruzeiro do Sul, no dia 15 de abril de 1871. Diário do Rio de Janeiro, RJ, 15/04/1871.[xl] Em 1876, foi nomeado Juiz de direito da Comarca de Itacoatiara, AM. O Globo, RJ, 24/12/1876.[xli] Em 20 de junho de 1877, foi nomeado Juiz de Direito da comarca de Jerumenha, Província do Piaui.[xlii] Em 1879, era Juiz de Direito na comarca de Buíque, Pernambuco. Fonte: Reporter, RJ, 21/08/1879.[xliv] Em 27 de fevereiro de 1882, por Ato do Presidente da Província, o então Juiz de Direito de Pão de Açúcar foi designado para assumir interinamente do cargo de Chefe de Polícia de Alagoas, na ausência do titular Dr. Cândido Egydio Pereira Lobo.[xlv] Em 1883, foi nomeado Chefe de Polícia da Paraíba, em substituição ao Juiz Francisco José da Silva Porto. Folha Nova, RJ, 20/07/1883[xlvi], do qual foi exonerado, a pedido, em 15 de abril de 1885.[xlvii] Em 1884, exonerado da Chefia de Polícia da Paraíba, foi nomeado Chefe de Polícia da Província de Alagoas.[xlviii]

Em 1871, foi Juiz e de Órfãos da comarca de Itaboraí e de Santo Antônio de Sá, Província do Rio de Janeiro.[xlix] Neste mesmo ano, foi removido para a comarca de Maceió.[l] Em 1877, era Juiz de Direito da comarca de Jurumenha, na província do Piauí.[li] Em 1880, foi removido da Comarca de Buique para a de Cimbres, em Pernambuco.[lii] Em 1881, por Decreto do Ministro da Justiça, em 16 de junho, foi removido, a pedido, da Comarca de Cimbres -PE (de 1ª Entrância) para a de Pão de Açúcar, também de 1ª Entrância.[liii] Em 1882, por Ato do Presidente da Província das Alagoas, de 27 de março, o Dr. Domingos foi designado para ocupar, interinamente, o cargo de Chefe de Polícia, durante afastamento temórário do titular.[liv] Em 1883, foi nomeado Chefe de Polícia da Paraíba, substituindo o Dr. Francisdo José da Silva Porto.[lv] Em 1884, deixou o Cargo de Chefe de Polícia da Paraíba e voltou a ocupar o mesmo cargo na Província das Alagoas. Ao deixá-lo, em 1885, foi substituído pelo Juiz de Direito João Batista da Costa Carvalho.[lvi]

 

Durante o tempo em que passou na Paraíba, registramos uma atitude extremamente positiva, prova de seu espírito libertário. O jornal Diário do Brasil, do Rio de Janeiro (edição de 18 de abril de 1884, noticia o fato de o Dr. Domingos ter concedido liberdade a sua única escrava, de 23 anos de idade. Além disso, declarou assumir o ônus da educação de suas duas filhas, de 3 e 4 anos, desistindo dos direitos que pudesse ter sobre os serviços das mesmas.

 

O Dr. Domingos José Alves da Silva, ao retirar-se de sua comarca Pão de Açúcar, recebeu da Câmara Municipal daquela cidade, composta de liberais e conservadores, a manifestação que abaixo publicamos:

 

“Paço da Câmara Municipal da cidade de Pão de Açúcar, aos 13 de agosto de 1888.

A Câmara Municipal da Cidade de Pão de Açúcar, fiel intérprete de seus munícipes, entende cumprir o seu dever mandando inserir na ata do dia uma moção de louvor e de reconhecimento a V. Sª que, como primeiro magistrado da Comarca, no espaço de quase dois anos de sua judicatura, soube não obstante o sopro das pretensões encontradas, manter inquebrantável o fiel da balança da justiça confiada à sua mão.

Assim como a falta de inteireza do magistrado deve acarretar-lhe a censura da melhor opinião, assim também ordena a justiça que aquele que mantem pura a sua toga, não se sinta ferido em sua modéstia pelos públicos testemunhos de reconhecimento que lhe forem tributados.

Aceite, pois, V. Sª as cordiais felicitações que lhe endereça esta corporação, não só por haver V. Sª bem desempenhado os seus árduos deveres de juiz, como ainda pela importante comissão de que acaba de ser investido pelo Governo Imperial, nomeando-o Chefe de Polícia da província da Paraíba, para onde se transporta em breve.

Deus guarde V. Sª – Ilmº Sr. Dr. Domingos José Alves da Silva, mui digno Juiz de Direito desta Comarca.

Martiniano Fernandes da Silva, por procuração José Antônio Martins, Manoel Rodrigues das Mercês Mello, Achilles Balbino de Leles Mello, Roque Virgínio de Souza, Manoel de Aragão Almeida.”

 

Transcrito do Jornal do Recife, de 18 de setembro de 1883.

 

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LÊ-SE N’O TRABALHO, de Pão de Açúcar:

 

“A Sociedade Club Democrata, Instrutivo e Recreativo, no dia 12 do corrente, dia de sua instalação, ofereceu ao Ilmº Sr. Dr. Domingos José Alves da Silva, muito digno juiz de direito desta Comarca, um esplêndido baile, como solene manifestação de regozijo pela importante nomeação para o cargo de Chefe de Polícia da província da Paraíba com que ultimamente foi distinguido pelo governo Imperial.

Às 8 horas da noite o Ilmº Sr. Dr. Domingos foi conduzido da casa de sua residência ao vasto prédio destinado para o baile, por grande número de amigos e por uma numerosa comissão do Club Democrata, e, ao entrar nos salões, que se achavam elegantemente preparados, foi-lhe oferecido por uma interessante criança filha do Sr. Manoel Thimóteo de Amorim um lindo bouquet de flores naturais, recitando nessa ocasião um pequeno discurso o nosso simpático e talentoso amigo Dr. Isaias Aranda.

Em seguida começou a festa, que foi abrilhantada por avultado número de senhoras e cavalheiros e correu sempre animadíssima, prolongando-se até às três horas da madrugada.

Associando-se à manifestação feita pelo Club, apresentamos ao Ilmº Sr. Dr. Domingos os nossos sinceros parabéns pelas eloquentes provas de apreço e consideração de que ultimamente tem sido alvo, e que servem perfeitamente para demonstrar o modo digno e honroso por que S. S. soube aqui desempenhar os seus árduos deveres de magistrado.”

Em uma correspondência de Santana do Ipanema para o Jornal de Penedo, de 1ª setembro, tratando de uma Sessão do Juri, com relação ao mesmo magistrado, se exprime assim:

“Foi a esse tempo que o Dr. Domingos José Alves da Silva  recebeu a notícia de ter sido nomeado Chefe de Polícia da Paraíba.

E conquanto os santanenses se regosijassem pela honra que lhe conferiu o Governo Imperial; todavia, do íntimo d’alma, lamentam a ausência de tão conspícuo magistrado.

De certo o Dr. Alves da Silva, ilustrado, cavalheiro e imparcial, fez incontestável jús à estima e gratidão de seus jurisdicionados  que viam nele somente o verdadeiro tipo honradez e penhor seguro de sua paz e tranquilidade.

De carater afável e acessível, nunca em seu coração deu guarida à groseira intriga de aldeias, nem tampouco ao sórdido sentimento de tacanha política.

Em uma palavra: o Dr. Alves da Silva reune qualidades especiais que muito o recomendam, tornando-o um dos mais belos ornamentos da majistratura do País. Que o digam os Gregos e Troianos.

Parabéns aos paraibanos pela boa aquisição que fizeram, e ao distinto magistrado desejamos a continuação do seu invejável  procedimento nesta Comarca, onde deixa um sulco luminoso e um vácuo bem difícil de ser preenchido.”

 

(Extraído do artigo de fundo da Gazeta de Notícias, de Maceió”.

 Transcrito do Jornal do Comércio, RJ, 19 de setembro de 1883.

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Filho de Domingos José Alves da Silva e Ana Joaquina da Silva. Foi casado com Valentina de Aguiar Ramos.

Casado com Josephina de Aguiar Ramos. Tinha um filho chamado Moysés Alves da Silva.?

Teria sido casado com Sabina Luiza de Mello? (O Apóstolo, RJ, 15 de agosto de 1883)? Ou seria com Maria Isabel do Coraão de Jesus? Teria um filho chamado Moysés Alves da Silva?

Em 23 de outubro de 1901, casou-se em Maceió, com Valentina de Aguiar Ramos, com quem teve os filhos: Maria Alice Alves da Silva, Uz, Arquimedes e Emanual. Oficiou a cerimônia o Cônego Octávio Costa. Ele era viúvo de d. Rosa de Hollanda Alves da Silva.

Faleceu em 1910.


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Em permuta com o Dr. José Ignácio Gomes Ferreira de Menezes, chegou a Pão de Açúcar o Promotor DR. JOÃO GUALBERTO GOMES DE SÁ.

 

Bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito do Recife-PE a 12 de novembro de 1877, quando já integrava a representação do Partido Conservador à Assembleia Legislativa Provincial da Paraíba, eleito que fora para o biênio 1876-1877.

Em 1878, foi removido de Paulo Afonso (Mata Grande) em permuta com o promotor João Ignácio Gomes Ferreira de Menezes.

Foi removido de Pão de Açúcar para a Promotoria de Atalaia em 28 de novembro de 1879, segundo o Diário de Pernambuco.

Em 1891 voltou ao legislativo regional como deputado à primeira Assembléia Constituinte, dissolvida por Decreto de 13 de janeiro de 1892, da Junta Governativa do Estado.

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Nascido em São José da Lagoa Tapada, município de Sousa-PB, a 14 de janeiro de 1850, filho do sargento-mor João Gualberto Gomes de Sá e de Custódia Gertrudes de Sá.

Era casado com Maria Umbelina Gomes de Sá, com quem teve uma filha Emília Gomes de Sá.

Do seu primeiro matrimônio, realizado no Recife-PE, a 19 de dezembro de 1873, com Júlia Francisca Bezerra de Sá (ou Júlia Bezerra Cavalcanti de Sá), filha de José Bezerra de Barros Cavalcanti e Ana Eufrasina Bezerra, nascida no engenho Santa Cruz, município de Escada-PE, a 18 de março de 1852 e falecida a 16 de fevereiro de 1880, nasceu João Gualberto Gomes de Sá Filho (1874-1912), coronel do Exército, que comandando a Polícia Militar do Paraná, faleceu em combate juntamente com o monge José Maria, líder dos revoltosos, nos campos do Irani, em 1912, no episódio da história brasileira conhecido como Guerra do Contestado (1912-1916).

Não havendo descendência do seu segundo consórcio, realizado em Maria Pereira, atual Mombaça-CE, a 8 de novembro de 1881, com a sua parenta Maria Emília de Sá e Benevides, filha de Antônio Pedro de Benevides e de Joana Francisca de Sá e Benevides. Exerceu judicatura no Ceará, como Juiz Municipal dos termos unidos de Maria Pereira e Pedra Branca (1880-1888). Fervoroso abolicionista, durante sua permanência em Maria Pereira fundou uma sociedade libertadora e com muita luta obteve, em 1883, a alforria de 30 escravos. (Fotografia reproduzida do livro Mombaça: biografia de um sertão, de Augusto Tavares de Sá e Benevides).

Faleceu em Sousa-PB, como Juiz de Direito em disponibilidade, a 19 de agosto de 1898.

Fontes: LEITÃO, Deusdedith de Vasconcelos. A família Sá no município de Souza: a descendência do sargento-mor João Gualberto Gomes de Sá. Cajazeiras: Tipografia Rio do Peixe, 1955; SALES, José Borges de. Notícias sobre a trajetória de cearenses na Paraíba e paraibanos no Ceará. Fortaleza: Expressão Gráfica e Editora, 2005.


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DR. ISAIAS BELLINO DOS SANTOS ARANDA  – 1882

 

Segundo o jornal pão-de-açucarense O Trabalho, de 5 de dezembro de 1882, foi nomeado o Dr. Isaias dos Santos Aranda.

Formado em 1881 pela Faculdade de Direito do Recife, ele era sobrinho do 2º Suplente de Juiz Municipal Pedro Paulo dos Santos Aranda, que faleceu em Coruripe em 1921, com 99 anos. Já em novembro, o jornal maceioense O Orbe, de 26 daquele mês, noticiava a sua passagem à Província, nomeado que fora para a comarca de Pão de Açúcar, indo passar férias em Paulo Affonso, residência de seus pais. Era filho Antônio dos Santos Aranda.

 

Exonerado pelo Presidente da Província em 18 de fevereiro de 1884,[lvii] indo ser Juiz Municipal de Coruripe. Para o seu lugar na comarca de Pão de Açúcar, nomeou o Dr. Pedro W. Jacques.

 

Enquanto era Juiz de Direito de Coruripe, faleceu a 12 de dezembro de 1924. (Diário de Pernambuco, 14 de dezembro de 1924).

 



[i] Gazete Jurídica – 1876.

[iv] Cearense, Fortaleza-CE, 3 de dezembro de 1882.

[v] DIÁRIO DE BELÉM-PA, 03/01/1877.

[vi] O CEARENSE, 6 de janeiro de 1877.

[vii] Diário de Pernambuco, 11 de agosto de 1869.

[viii] Diário de Pernambuco, 24 de outubro de 1874.

[ix] Jornal do Penedo, 18 de agosto de 1877.

[xi] Jornal do Recife, 3 de julho de 1878, p.2.

[xiii] Jornal das Alagoas, 3 de março de 1878.

[xiv] Jornal do Penedo, 12 de outubro de 1877, p. 3. http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=xx0307&PagFis=515

[xv] Diário de Pernambuco, 9 de outubro de 1878.

[xvii] O Trabalho, 10 de outubro de 1885, p.3.

[xviii] Gazeta da Noite, RJ, 17/05/1879. Disponível em: <http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=710725&PagFis=151>. Acesso em: 18/03/2013.

[xix] O Monitor, Correio da Bahia, Bahia, 13 de março de 1878. Disponível em: http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=303488&PagFis=1541 > Acesso em: 21/01/2013.

[xx] Relatórios dos Presidentes das Províncias Brasileiras. Disponível em:<http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=252263&PagFis=4630>  Acesso em: 21/01/2013.

[xxi] O Brado Conservador. Cidade do Assu, RN, 9 de junho de 1881. Disponível em: http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=713953&PagFis=327 > Acesso em: 21/01/2013.

[xxiii] Relatório dos Trabalhos do Conselho Internino do Governo. Bania, 1883. Disponível em: <http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=130605&PagFis=11080>. Acesso em: 21/01/2013.

[xxiv] Relatório dos Trabalhos do Conselho Interino do Governo. Bahia. Disponível em: http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=130605&PagFis=1174 > Acesso em: 21/01/2013.

[xxv] O Liberal do Pará, Belém 30 de outubro de 1885. Disponível em: http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=704555&PagFis=17322 > Acesso em: 21/01/2013.

[xxvi] O Liberal do Pará, Belém, 6 de junho de 1888. Disponível em: http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=704555&PagFis=20269 > Acesso em: 21/01/2013.

[xxvii] Conservador, Desterro, SC, 29 de maio de 1889. Disponível em:

<http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=767069&PagFis=4161>. Acesso em: 09/04/2013.

[xxviii] Diário do Comércio, RJ, 08/12/1889. Disponível em: <http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=248070&PagFis=1511>. Acesso em: 18/01/2013.

[xxix] O Paiz, RJ, 31/03/1888. Disponível em: <http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=178691_01&PagFis=5260>. Acesso em: 18/01/2013.

 

[xxx] O Brasil, RJ, 11/03/1891. Disponível em: <http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=363626&PagFis=1102>. Acesso em: 18/01/2013.

 

[xxxi] Diário do Rio de Janeiro, RJ, 30/01/1866. Disponível em: <http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=094170_02&PagFis=20182>. Acesso em 18/01/2013.

 

[xxxii] Diário do Rio de Janeiro, RJ, 24/12/1866. Disponível em: <http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=094170_02&PagFis=21318> Acesso em: 18/01/2013.

 

[xxxiii] A Nação, RJ, 30/06/1873. Disponível em: <http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=586404&PagFis=1114> Acesso em: 18/01/2013.

 

[xxxiv] Almanak da Província de Alagoas, 1875.

 

[xliii] Jornal do Aracaju, 11 de julho de 1877. Disponível em:< http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=218790&PagFis=1782>. Acesso em: 9 de abril de 2013.

[xlv] O Orbe, Maceió, 1º de março de 1882. Disponível em: http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=260959&PagFis=967> Acesso em: 20/01/2013.

[xlvii] O Orbe, Maceió, 15 de abril de 1885. Disponível em:<http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=260959&PagFis=2794> Acesso em: 20/01/2013.

[xlviii] O Orbe, Maceió, 14 de setembro de 1884. Disponível em:http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=260959&PagFis=2460 > Acesso em: 20/01/2013.

[xlix] Almanach Administrativo, Mercantil e Industrial, 1871.

[l] Diário de Pernambuco, 21 de abril de 1871.

[li] O Monitor, Bahia, 8 de julho de 1877.

[lii] O Cearense, Fortaleza, 14 de janeiro de 1880.

[liii]  Gazeta de Notícias, RJ, de 18 de julho de 1881.

[liv] Gazeta de Joinvile, SC, 5 de abril de 1882.

[lv] O Liberal do Pará, Belém, 8 de agosto de 1883.

[lvi] O Paiz – MA, 17 de setembro de 1884 e Monitor Campista, Campos-RJ, 16 de abril de 1885.

[lvii] Orbe, Maceió, 22 de fevereiro de 1884.

A POESIA DE PÃO DE AÇÚCAR



PÃO DE AÇÚCAR


Marcus Vinícius*


Meu mundo bom

De mandacarus

E Xique-xiques;

Minha distante carícia

Onde o São Francisco

Provoca sempre

Uma mensagem de saudade.


Jaciobá,

De Manoel Rego, a exponência;

De Bráulio Cavalcante, o mártir;

De Nezinho (o Cego), a música.


Jaciobá,

Da poesia romântica

De Vinícius Ligianus;

Da parnasiana de Bem Gum.


Jaciobá,

Das regências dos maestros

Abílio e Nozinho.


Pão de Açúcar,

Vejo o exagero do violão

De Adail Simas;

Vejo acordes tão belos

De Paulo Alves e Zequinha.

O cavaquinho harmonioso

De João de Santa,

Que beleza!

O pandeiro inquieto

De Zé Negão

Naquele rítmo de extasiar;

Saudade infinita

De Agobar Feitosa

(não é bom lembrar...)


Pão de Açúcar

Dos emigrantes

Roberto Alvim,

Eraldo Lacet,

Zé Amaral...

Verdadeiros jaciobenses.

E mais:

As peixadas de Evenus Luz,

Aquele que tem a “estrela”

Sem conhecê-la.


Pão de Açúcar

Dos que saíram:

Zaluar Santana,

Américo Castro,

Darras Nóia,

Manoel Passinha.


Pão de Açúcar

Dos que ficaram:

Luizinho Machado

(a educação personificada)

E João Lisboa

(do Cristo Redentor)

A grandiosa jóia.


Pão de Açúcar,

Meu mundo distante

De Cáctus

E águas santas.

______________

Marcus Vinícius Maciel Mendonça(Ícaro)

(*) Pão de Açúcar(AL), 14.02.1937

(+) Maceió (AL), 07.05.1976

Publicado no livro: Pão de Açúcar, cem anos de poesia.


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PÃO DE AÇÚCAR


Dorme, cidade branca, silenciosa e triste.

Dum balcão de janela eu velo o seu dormir.

Nas tuas ermas ruas somente o pó existe,

O pó que o vendaval deixou no chão cair.


Dorme, cidade branca, do céu a lua assiste

O teu profundo sono num divino sorrir.

Só de silêncio e sonhos o teu viver consiste,

Sob um manto de estrelas trêmulas a luzir.


Assim, amortecida, tú guardas teus mistérios.

Teus jardins se parecem com vastos cemitérios

Por onde as brisas passam em brando sussurrar.


Aqui e ali tu tens um alto campanário,

Que dá maior relevo ao pálido cenário

Do teu calmo dormir em noite de luar.

____

Ben Gum, pseudônimo de José Mendes

Guimarães - Zequinha Guimarães.






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Pão de Açúcar, Cem Anos de Poesia